redirecionando...

O endereco deste blog mudou. Você está sendo redirecionado...

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Software e o Código do Consumidor

Maurício Linhares escreveu um artigo intitulado "Satisfação garantida ou seu dinheiro de volta!". O artigo fala com muita propriedade sobre as brigas contratuais em projetos de Desenvolvimento de Software.

Concordando com o autor, já participei de projetos com grandes problemas contratuais pela velha e péssima prática de tentar fechar um escopo enorme em apenas um contrato. Eu vejo como um modelo ideal, a assinatura de vários contratos: um contrato para elicitação de requisitos e prototipação, outro para desenvolvimento, outro para implantação (quando conveniente), outro para testes (perfomance, usabilidade, portabilidade, etc), e por aí vai. Com isso, o risco de “pedir o dinheiro de volta” será muito menor.

Cuidado com os CRUDs

Hoje eu li um relato de experiência muito interessante intitulado "O problema dos CRUDs" de Vitor Fernandes. No artigo, o autor fala sobre uma experiência de re-engenharia de um sistema ERP em cobol para Java usando Swing, Hibernate, EJB 2 e tudo mais que tem direito. Com a boa intenção de melhorar a usabilidade, a interface Windows provê belíssimos recursos como Combo-boxes, tabelas, menus, imagens e tudo mais. Porém, os sistemas da era DOS por não ter tanta beleza acabavam exigindo do usuário uma maior destreza na sua operação, como decorar códigos, preencher campos na ordem, calcular manualmente valores, utilizar atalhos (F2 para pesquisar, por exemplo), entre outros. O resultado disso chama-se produtividade. Se nosso sistema não permite que o usuário "avançado" opere, o ROI (Retorno Sobre Investimento) da solução pode ser negativo, necessitando de muito mais horas para fazer o mesmo trabalho.

Recomendo a leitura do artigo para mais detalhes!

ISO/IEC 9001:2000 e Desenvolvimento de Software

Hoje, li um depoimento sobre o processo de implantação de um sistema de gestão da qualidade conforme os requisitos da Norma ISO/IEC 9001:2000 em uma empresa que desenvolve software. O autor é Cláudio Testoni Cardozo, responsável pelo setor de desenvolvimento da empresa Constat.

Minha opinião sobre o assunto: Eu acho que a implantação de um sistema de gestão da qualidade é o primeiro passo para uma empresa que deseja melhorar seus processos. Explico: em geral, as empresas que desenvolvem software não têm a cultura de definir seus processos, isto é, nós sabemos fazer software, mas constantemente mudamos nossa forma de trabalho com boas intenções. Logo, quando os desenvolvedores são questionados sobre como as coisas são feitas, geralmente as respostas são contraditórias. Até aí, nada grave, os céticos dizem. O software é "produzido", o cliente é "atendido", os desenvolvedores estão "satisfeitos"...

Pouco tempo depois, o gerente de projeto é questionado a respeito da baixa produtividade da equipe. Ok, todos sabemos que a produtividade em software é realmente muito baixa. Mas, alguém sabe dizer o quão baixa? Ou quem sabe estabelecer metas para aumento da produtividade? Que seja, medir a produtividade?

Neste ponto, o sistema de gestão da qualidade apresenta resultados, diferentemente do que várias pessoas pensam - que a certificação ISO 9001 (e isso se aplica a outros modelos como CMMI ou mps.BR) servirá para burocratizar o processo de desenvolvimento de software - quando na verdade a principal função é medir. Medir para Analisar. Analisar para Melhorar. A melhoria de processos se dá com base em números e não com base em fatos.

Logo, a necessidade de padronizar o processo se dá pela necessidade de medir. Não é possível comparar dois produtos produzidos por processos diferentes. OK, temos nosso processo definido. Agora, o que foi definido deve ser aplicado e aí entra o setor de Garantia da Qualidade que nada mais faz do que garantir que as coisas estão sendo feitas como está escrito que elas deveriam ser feitas.

Não estendendo mais o assunto, a empresa que tem interesse em melhorar processos têm na norma ISO/IEC 9001:2000 um grande aliado quanto a requisitos para a implementação de um sistema de gestão da qualidade. A pergunta final é: Porque ISO/IEC 9001:2000? Não poderia usar CMMI ou mps.BR? A resposta é SIM, poderia. Porém a implementação da ISO 9001 é muito mais simples, basta que a empresa documente como ela trabalha (não sendo necessário na maioria das vezes mudar a forma de trabalho) e criar indicadores para medir o desempenho da produção. Enquanto em modelos como o CMMI e mps.BR, várias práticas devem ser implementadas com metas e resultados que devem ser respeitados, o que, na maioria dos casos irá interferir na forma que a empresa trabalha.

A vantagem de implantação de ISO/IEC 9001:2000 ANTES de outros modelos é a criação de uma cultura voltada à qualidade, que é uma das tarefas mais difíceis da implementação de CMMI ou mps.BR.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

livro: Nosso iceberg está derretendo

Mais uma recomendação de livro: "Nosso iceberg está derretendo" de John Kotter e Holder Rathgeber. Este livro fala sobre mudança através de uma fábula sobre pingüins que vivem em um iceberg que está prestes a despedaçar-se em pedaços menores. O livro apresenta um método de Kotter que ele chama de "O processo da mudança bem-sucedida". Este processo consiste em 8 passos para a mudança, vou transcrever na íntegra aqui, é bastante interessante:

Crie a estrutura

1. Demonstre a urgência. Ajude os outros a ver a necessidade de mudança e a importância de uma ação imediata.
2. Reúna a equipe orientadora. Certifique-se de que um grupo seguro orientará a mudança - um grupo com habilidades de análise e liderança, credibilidade, capacidade de comunicação e consistência da urgência.

Decida o que fazer

3. Desenvolva a visão da mudança e a estratégia. Esclareça como o futuro será diferente do passado e como é possível torná-lo realidade.

Faça acontecer

4. Comunique-se para ser entendido e apoiado. Faça com que o maior número possível de pessoas entenda e aceite a estratégia.
5. Divida as responsabilidades.
Remova o máximo possível de obstáculos, facilitando a ajuda de todos que querem tornar realidade a mudança.
6. Demonstre vitórias em curto prazo.
Divulgue os sucessos sempre que eles aconteçam, sejam grandes ou pequenos.
7. Não relaxe. Pressione cada vez mais após os primeiros sucessos. Inicie a mudança após mudança até que o objetivo se torne realidade
Solidifique a mudança
8. Crie uma nova cultura. Reforce os novos comportamentos e certifique-se de que serão bem-sucedidos até se tornarem suficientemente fortes para substituir as antigas tradições.

Lendo este livro percebi que a proposta de Kotter é bem parecida com abordagens para Melhoria de Processo que tenho estudado, por exemplo:

  • PDCA [1]: Plan (Planejar), Do (Implementar), Check (Verificar), Act (Agir corretivamente);
  • IDEAL [2]: Início, Diagnóstico, Estabelecimento, Ação, Aprendizado;

Logo, abordagens para Melhoria de Processos exigem muitas mudanças, desde culturais, organizacionais e até mesmo de infra-estrutura sendo que o método de Kotter também pode trazer bons ensinamentos nesta área.

Recomendo a leitura do livro, tem fontes bem grandes e várias figuras. Eu li o livro todo em menos de uma hora. É bom para quem não gosta de ler.

Referências:

  • KOTTER, John; RATHGEBER, Holger. Nosso iceberg está derretendo. 1ª Edição, Best Seller: 2005, ISBN 857684172X
  • [1] DEMING, W. Edward. Out of the Crisis. Cambridge, MIT
    Center for Advanced Engineering Study: 1986, ISBN 0911379010.
  • [2] McFEELEY, Bob. IDEAL - A User's Guide for Software process
    Improvement. Handbook CMU/SEI-96-HB-001: 1996, Disponível em http://www.sei.cmu.edu/publications/documents/96.reports/96.hb.001.html.
  • Resenhas no Submarino.com.br
  • Comentário sobre o livro no blog Anklan.Net

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

livro: VOCÊ ESTÁ LOUCO!

Essa semana terminei de ler o livro "Você Está Louco!" de Ricardo Semler. Este livro é sensacional, afinal eu adoro tudo que toca na ferida e esse livro faz isso o tempo todo, sem distinção de cor, sexo, classe social ou seguimento de mercado.

Para quem não sabia (como eu por exemplo), Ricardo Semler é realmente um empresário de sucesso: eleito duas vezes Empresário do Ano do Brasil e uma vez da América Latina, eleito pela revista Time um dos 100 futuros líderes do mundo, escolhido como um dos Líderes Globais do Amanhã pelo Fórum Econômico de Davos, eleito pelo Financial Times um dos gurus mundiais de business, teve seu primeiro livro, "Virando a própria mesa" publicado em 31 idiomas em 134 países vendendo mais de 2 milhões de exemplares, best seller em 16 países, etc. etc. etc...

Enfim, não conhecia. Ganhei esse livro de presente dos meus ex-eternos-colegas de trabalho (Anderson Paulino, Gabriel Lescano e Anderson Vasconcelos) de presente de aniversário. O livro é realmente cativante, é um relato de vários (e bota vários nisso) projetos do autor nas mais diversas áreas.

Ele começa falando sobre um primo que tinha um capital e publicou um anúncio no The New York Times intitulado "Jovens com Capital Ilimitado" pedindo propostas de negócio. A idéia escolhida foi abrir um estúdio de música em Nova York e fazer uma festa de inauguração. Procurando o lugar, resolveram fazer uma festa maior e alugaram uma fazenda num lugarzinho chamado Woodstock. O resto nós já sabemos. A idéia era uma festinha com no máximo 50 mil pessoas, extrema arrogância para a época (o recorde de público era de 40 mil). Resultado: 250 mil pessoas apareceram! Nos relatos do livro, tudo aconteceu mais ou menos assim.

Alguns exemplos do modelo de gestão da Semco:

  • Liberdade para escolha do horário e do local de trabalho (inclusive em casa)
  • Os subordinados que escolhem seus "chefes"
  • As decisões são tomadas por todos (todos mesmo)
  • Participação de 20% dos lucros
  • Todos podem usar a roupa que acharem melhor

Vale a pena acessar o site da Semco (grupo empresarial em questão) para conhecer o que eles prezam como valores e justifica o título do livro. Além disso, Ricardo Semler fala de educação (muito interessante), do livro Virando a Própria Mesa, de um instituto para descobrir o DNA do Brasil, do projeto Primeiro Mundo do Brasil, compra de empresas, política, idéias inovadoras, explica como uma empresa pode manter crescimento 40% ao ano mais de uma década e muito mais. Só lendo!

Referências:

quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

Caravana MS para o FISL 2007

Um recado de utilidade pública: O pessoal do GULMS está organizando uma caravana para a participação no FISL (Fórum Internacional do Software Livre) este ano, versão 8.0. A proposta é fretar uma mini-van com 22 lugares dos quais 10 ainda estão vagos. Os interessados devem pedir acesso ao grupo de discussão da iniciativa no endereço http://groups-beta.google.com/group/msnofisl8. O valor deve ficar entre R$ 300,00 e R$ 400,00 com possibilidade de parcelamento (praticamente de graça!).

Inclusive o FISL dedica um espaço exclusivo para a tecnologia Java, o Javali, com palestras dos principais nomes nacionais e alguns internacionais, recomendo muito! Já confirmei minha presença.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Projeto de Tradução do SWEBOK

Estou participando, junto com meus colegas de especialização na UFLA (Universidade Federalde Lavras), de um projeto para a tradução do SWEBOK para o português do Brasil. Para quem ainda não conheçe, o SWEBOK é a principal referência sobre Engenharia de Software. É um documento que conta com a colaboração de pessoas e empresas de todo o mundo como Rational, SAP, IEEE, Boeing, entre outras.

Quem tiver interesse em participar deste projeto, envie um e-mail para mim que passarei as instruções. Este projeto conta bastante para o currículo, fora o aprendizado adquirido com a tradução do material. Eu estou participando como líder de uma das equipes de tradução com dedicação de 4 horas semanais. Toda ajuda é bem vinda, seja traduzindo, revisando ou palpitando!

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Conterrânio na Mundo Java deste mês

A Mundo Java deste mês conta com um artigo do nosso conterrâneo Gilliard Cordeiro (membro ativo do JUG-MS) intitulado "Conhecendo JSF e Facelets 1.2". O artigo apresenta detalhes sobre a nova versão (1.2) do JSF (Java Server Faces) e noções sobre Facelets. Recomendo.

No mais, a revista também tem um artigo muito interessante do Rodrigo Yoshima intitulado "Design Patterns para um mundo real" e outros mais. A matéria de capa é sobre frameworks web Brasileiros citando o SwignBean, VRaptor2, Mentawai e JSenna com artigos escritos pelos seus criadores com vários exemplos e tudo mais que tem direito.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Google Code Jam Latin America

Está aberto o torneio de programação da Google, desta vez abrangendo somente a América Latina. As inscrições para o Google Code Jam Latin America estão abertas até 23/01/2007 e podem ser feitas pelo site http://www.google.com/codejamlatinamerica/, gratuitamente.

Eu estou nessa! E você?